UM DESENHO POR SEMANA

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Não aconselho assitir “Comer rezar amar”, sério.

Mesmo que você vá pagar meia da meia entrada, faça algo melhor com o seu dinheiro. Dê para a caridade, compre um sonho de valsa, uma lata de leite condensado ou um paliteiro da loja ching ling mais próxima, será mais útil.

O Filme tem duas coisas boas e 314 ruins.
Vamos as boas:
1. Julia Roberts - que é Júlia Roberts.
2. Fim – apesar de não parecer quando você está no cinema, uma hora ele acaba.  

As Ruins (314 é muito então vou ficar com 3 e creiam, é suficiente):
1. Clichês
Por causa de um vazio existencial, a fim de descobrir quem ela é (MEU DEUS!) a personagem de Julia Roberts decide seguir os conselhos e previsões de um Xamã (hein?) parecido com o mestre Yoda (palavras da personagem) e decide viajar (coisa que ela já fazia antes) Assim vai à Itália, Índia e a Bali.
Clichê 2 – Se tem personagem brasileiro toca o quê na trilha? Sim, você acertou, bossa nova, representada por mais senso comum, a família Gilberto (João e sua filha Bebel)

2. Na Ásia só tem ocidental
Tanto na índia quanto em Bali, a personagem só fala com estrangeiros. Na Índia no local de devoção de uma “guru” todos os “líderes” possuem olhos e peles claras. Se é uma crítica a alguma coisa eu não entendi direito. Talvez que os templos hindus pareçam igrejas em estrutura e por causa de quem os dirige.

3. Vergonha alheia  
Não faltam momentos que dão vontade de fechar os olhos ou tampar os ouvidos. Os piores deles são vividos através da personagem Filipe, um brasileiro interpretado por Javier Barden. Com um portunhol lascado, digno de “muittooo obrrrigadou” em show de banda gringa no Brasil, Barden causou um constrangimento geral no cinema. Algumas palavras no “português” que ele fala não dão nem para entender.

Você pode estar aí pensando, “mas o filme é mais para mulher, você não ia gostar mesmo”. Engana-se. Fui acompanhado de minha, esposa, que aliás escolheu o filme achando que era um daqueles filmes românticos. Não é. Para mim isso poderia ser um ponto positivo. Mas no final acabou não sendo.

O filme soa tolo o tempo todo. Vazio, perdido, infantil às vezes, quase adolescente na questão da busca espiritual. Existem sequências inteiras (como a viagem a Itália) que no final do filme parecem inúteis, pura encheção de lingüiça que em nada influenciam na história.

Enfim, após 2 horas de “Comer, rezar, amar” eu e a Cyn estávamos a beira de uma indigestão cinematográfica, pedindo a Deus para acabar logo com aquilo e ela se questionando se eu ainda a amava depois de ter nos feito passar por tudo aquilo. 

Ao fim do filme, depois de gritarmos (para nós mesmos) “ALELUIA” ela me pediu desculpas umas três vezes. Respondi “tudo bem, tenho um texto de utilidade pública prontinho para colocar no blog”.  Disse “eu te amo” a ela , fiz uma prece pelas almas dos produtores do filme e dispensei a sobremesa.            

6 comentários:

  1. Uhauhauhauha! Agora fiquei com mais vontade ainda de assistir... pois eu sempre confio em suas sábias observações, mas confesso q dessa vez tô assustada e querendo pagar p ver!

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  2. Eu não sei porque, mas achei que o filme teria vários clichês mesmo... Minha esposa tá afim de ver, eu num tava muito animado.

    Mas agora eu acho que pode ser divertido: prefiro mais os filmes ruins que os medíocres.

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  3. Gisele e Nego Lopito,
    daqui a pouco vão achar que eu trabalho para o distribuidor do filme! incentivei vocês a ver!rs Valeu pelos comentários.

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  4. Minha esposa quer ve, á não queria agora tenho MAIS argumentos pra isso não se realizar! Porém, caso ocorra insistência...rsrs

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  5. Se a Thati pedir para ver esse filme passo o link desse texto pra ela. hahahaha

    Melhor, vou passar antes dela querer ver o filme. rs


    Abraços Jean!

    Texto gostoso de ler!

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  6. É verdade filme cansativo! E olha q eu geralmente gosto dessa porcarias de mulherzinha! Mas por incrível q pareça eu me cansei do filme muito antes do Jean!!! Dá pra crer???

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