Na primeira parte (veja aqui) falei sobre quem executa a crítica e hoje colocarei a lente de aumento nos outros dois lados, o criticado e o seu fã.
Ninguém gosta de ser criticado. Para quem é objeto da crítica essa coisa de que “se for construtiva tudo bem”, é conversa para boi dormir.
A crítica, em princípio, questiona a competência do criticado naquilo que ele se propôs a fazer. Em qualquer atividade somos avaliados por nossa eficiência e capacidade a partir de objetivos e resultados esperados numa determinada função.
Mas e no caso das artes, como pode ser isso?
Mas e no caso das artes, como pode ser isso?
É muito pior. Afinal, aqui além dos critérios técnicos há os subjetivos, o que dá pano pra manga. Sabe-se que não se elogia um músico, por exemplo, apenas por sua capacidade técnica. Pode ser por sua inventividade, originalidade, carisma, posição frente às questões da vida. Aí vêm as variáveis: dependendo do estilo em que ele se insere as exigências mudam, aumentam ou diminuem.
Mas o criticado não está pensando em nada disso. Ele geralmente quer apenas fazer sua arte do seu jeito, e nisso ele é soberano, ai de quem interferir. O olhar é sempre torto para quem escreve uma resenha “fria” da sua criação. Não há um pensar sobre a crítica e o que pode ser relevante para as suas obras futuras. Um olhar para o que realmente o crítico quer dizer, com seus anos de vivência naquela determinada arte, que possa ter razão e agregar algo para o artista. Há sim, um olhar blasé, de quem sempre tem razão. Pois ele mesmo no seu fazer já se colocou muita cobrança, já se exigiu demais, já sofreu com branco, com sua auto-censura, então pra ele vem o sentimento de "que se danem os críticos!"
Mas há um lado dessa história toda que descabela-se com a crítica: os fãs. E não estou falando de tietes. Cada um de nós, ao ver criticado nosso artista preferido, ou gênero musical, literário, cinematográfico, não reagimos bem.
Ficamos mais indignados quando alguém fala mal de nossa banda preferida do que de nossas posições ideológicas. Falar mal de algo do que gostamos, é como falar mal de nós. É dizer que não sabemos escolher, que não entendemos nada daquilo, que nosso gosto é ruim.
Os gostos dizem quem somos, nossas referências, nossa história, nosso jeito de ver as coisas. Por isso vemos ataques e defesas ferrenhas com relação a artistas da música. Por isso adolescentes são mais exagerados na devoção de seus ídolos, pois estão desesperadamente tentando se formar, saber quem são e acabam se agarrando a uma personalidade ou grupo, amando ou odiando alguma coisa.
Depois de maduros somos menos explícitos, mas igualmente passionais na defesa de nossos gostos. Crescidos, nossas convicções estão bem fundamentadas (pelo menos deveriam) e não somos chegados a que alguém diga que somos ruins, que não sabemos.
Faça uma reflexão: no twitter e no facebook, o tempo todo comunicamos nossos gostos em frases e links de vídeos. Imagine se todo mundo resolvesse falar a verdade sobre o que você ouve. Certamente não haveria mais rede, pois você pode até não acreditar, mas é provável que muitos dos seus contatos detestem as músicas que você escuta.
Assim, citando verso da música do Skank (que você pode gostar ou odiar de coração ou ainda não estar nem aí) na crítica “tudo tem três lados”. O do crítico, o do criticado e do fã dele. O lado de quem dá a pancada, de quem recebe e de quem toma para si as dores da agressão.
Quanto a mim, circulo entre os três. Sofro e usufruo das características de todos os lados desta moeda que está aí girando no ar o tempo todo e quase sempre deixa alguém insatisfeito. Afinal, o que é de gosto regala a vida. Só de quem gosta, por que quem não gosta, critica.
Nossa os meu seguidores do Face devem odiar meus posts com os videos de Reggae q eu mais gosto kkk, azar deles, pq eu tbém não gosto de várias coisas deles, mas "rede social" é isso, ou pelo menos teria q ser isso, um "respeitando" a opinião do outro!
ResponderExcluirParabéns, realmente esse post tá longo, mas a leitura flui bem...
E não falem mal daquela banda lá q eu gosto heim??? kkk (vc sabe)
Isso Gi, Alguns odeiam, outros não, rs. Mas a ideia é essa, se todo mundo fosse realmente criticar a banda x pra pessoa que gosta dela...
ResponderExcluirA questão crítica é complicada pq depende de quem é o crítico e quem é o criticado.
ResponderExcluirSe o artista criticado tem um ego gigante, se o ego já tá emitindo cheques q ele n consegue cobrir... esse não ouve nem o amigo, mto menos um crítico especializado e nessas horas comete erros por se sentir acima de tudo, artista em começo de carreira é mais humilde.
Qto ao crítico, existe vários tipos... o q fala monstrando onde o artista pode melhorar, o q fala pra na maldade (mau humorado), o q quer mais destaque q o artista e aquele q fala de algo q n sabe.
Qto ao fã... o fã é um barato! Se vc é o artista, é claro! Pq se vc é o crítico... CORRE!!!