UM DESENHO POR SEMANA

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A ZARA, os bolivianos e quem mais quiser explorar.


Apesar disso nunca ter acontecido antes, já estava na hora. As reflexões tuíticas do senhor Ricardo Boni sobre o caso Zara – fomentado por matéria do programa “A liga” da Band – me fizeram abrir um espaço para posts de outros autores que não eu.

As perguntas feitas pelo designer e um dos sócios da Moai Design fazem jus ao título escrito aí na testeira do blog, “Perguntar e responder para si mesmo.”
Sendo assim, vamos lá.
   
Sete questões sobre os Bolivianos e a Zara
Por Ricardo Boni

A seguir algumas questões sobre o caso “bolivianos e Zara” para você REALMENTE pensar sobre.
01) Vocês acham que não tem brasileiros em situação semelhante no Japão? No Canadá?


02) Vocês acham que a sua TV 50" foi feita por chineses que comem Qualy no café da manhã e trabalham cantando?


03) Foi a Zara quem contratou os bolivianos diretamente? A Zara terceirizou para alguém que quarterizou, foi isso?


04) As empresas tem sua parcela de culpa, mas para enfrentar chineses no ramo têxtil custo baixo de produção é crucial.


05) Ninguém irá propor um blaster-tuitaço para o "companheiro" Evo Morales oferecer trabalho além das plantações de coca?


06) Questão muito mais complexa do que parece ser: globalização, migração, economia, competitividade etc.


07) A Zara é anunciante da Band? A C&A é anunciante da Band? A Nike, a Adidas, a LG, a Samsung? Por que só a Zara?

Para esclarecer: não é uma defesa à Zara, mas sim ao pensamento crítico acima de tudo.

10 comentários:

  1. He, he, perfeito...e digo mais...

    Minha opinião, deixo claro!

    Para algumas pessoas, do nosso país ou de fora, esse tal "trabalho escravo" é a melhor coisa q aconteceu na vida delas, pois sem ele, talves estariam nas ruas, sem um colchão, mesmo q na terra, sem um banho, mesmo q com água suja, sem um prato de comida, mesmo q seja de má qualidade...
    É estranho e "escravo" pra nós q graças a deus temos melhores oportunidades, mas p eles é mais ou menos na linha do "é o q tem pra hj" e o hj deles tá melhor do q talves a dias atrs. A questão desse tipo de trabalho envolve muiiiiiiita coisa, mas se eu escrever tudo, vai virar outro texto rss.

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  2. Polêmica opinião Gi Moura. Mas é issoaê, tem que falar mesmo. A questão da escravidão é que os caras precisando ou não, quem contrata tem seus deveres, independente de qualquer coisa e isso eles não tão fazendo. Aproveitar da miséria de alguém, não é lá muito ético. A questão é a demonização da Zara, quando cada um de nós consome dia a dia produtos que sabidamente são feitos a a partir do suor de pessoas em péssimas condições de trabalho. Nossa hipocrisia.

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  3. Longe de defender a Zara, mas demonizar um, pela sujeira de todos, não penso que seja uma ideia brilhante.
    Mas não esqueçamos quem enche o tanque do nosso carro Flex (a solução em abastecimento do mundo). Canavieiros cortadores de cana enfrentam 12 horas de trabalho puxado, perdem aproximadamente 8 (OITO) litros de água do corpo e não têm alimentação adequada para repor essa aceleração metabólica. Eles trazem a água de casa e depois completam com água armazenada nos ônibus (à temperatura ambiente das regiões canavieiras, algo em torno de 38 graus).
    Quem é vaidoso - como os clientes Zara - e gosta de peças de ouro, procure saber como vive um garimpador e qual o caminho que o ouro percorre dos buracos das serras mineradoras até chegar na H. Stern. E estou falando de ouro, não diamantes, onde 116% da mão de obra vem de crianças e até chegar ao lapidador, uma pedra derrama cerca de 30 litros de sangue.
    Poderia estender este comentário e deixá-lo maior que um post, mas já deu pra entender onde quero chegar. E se não deu pra entender, quero dizer que, todos temos nossos carros, pés e corpos sujos, de alguma maneira, com o sangue de alguém.
    Valeu Ricardo e valeu Jean, pelo post.

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  4. é isso aí Rubens,o gosto dos vaidosos(nós e os outros): ouro com sabor de sangue, roupas bonitas impregnadas de suor de 16 horas de trabalho.

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  5. Legal o texto.
    Eu acho "engraçado" nesse caso específico da Zara que o que mais revoltou as pessoas é saber que pagavam R$200,00 em uma peça de R$2,00 do que as condições precarias dos trabalhadores.

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  6. Valeu Waldinho! Exatamente, uma indignação por sentir-se enganado travestida de preocupação com os trabalhadores.

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  7. Faltou dizer uma coisa rs...

    Não estou de forma alguma defendendo o "trabalho escravo" apenas relatei q infelizmente p muitas pessoas, esse trabalho é melhor do q ficar na rua ou literalmente passar fome e dormir na chuva. É somente mais um lado dessa triste história.

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  8. O que eu acho forçado é essa onda de gente pseudo-moralista que vem falar que a Zara usa trabalho escravo sendo que na esquina da casa encontra-se um mendigo sem abrigo. Quero dizer, a revolta só dura até você pôr o pé pra fora de casa. As pessoas não fazem nada para mudar a situação a seu alcance mas insistem nos discursos moralistas. Mas agora, falar que, como disse Gi Moura acima, "Para algumas pessoas, esse tal "trabalho escravo" é a melhor coisa q aconteceu na vida delas, pois sem ele, talves estariam nas ruas, sem um colchão, mesmo q na terra, sem um banho, mesmo q com água suja, sem um prato de comida, mesmo q seja de má qualidade..." só serve para amenizar a situação em que se encontram essas pessoas, é como jogar água no fogo. Pra concluir, só queria dizer que não concordo com as opiniões extremistas e tão pouco aquelas que ficam "em cima do muro", concordo com atitudes.

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  9. As atitudes podem ser tanto denunciar,como não comprar, como promover a discussão de maneira que se pense diferente, se reflita e resulte numa ação mais específica. É isso aí Gemini. Tem muita coisa para ser feita por aí, faltam mãos que queiram.

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  10. Realmente Geminis eu não concordo com quem fica "em cima do muro" . Minha opinião serviu para mostrar um dos vários lados da moeda q existe dentro dessa história de "trabalho escravo". Pois apenas não comprar o produto tb´m não vai resolver, outras formas de "escravisar" vão surgir.
    Utilizei o espaço democrático do Jean p expor uma realidade q as vezes não pensamos existir, mas q infelizmente existe. Pois uma pessoa sem estudos, simples, sem dentes e por ai vai, as vezes prefere trabalhar por pão e água e um colchão, do q ir parar na rua e depender de doações.

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