Ninguém tem tempo. Falei disso outro dia. Correria. Aliás, correria, é palavra quase onipresente na segunda escrita das janelinhas internéticas. As primeiras são geralmente “fala!” ou “eaê”. E apesar disso parecer só uma introdução, as conversinhas virtuais via MSN, são o objeto principal da coisa aqui hoje. Ou talvez não. Talvez seja o próprio meio, o motivo da reflexão. Como várias coisas na net, o tal do MSN parece apenas vício, ou contador de quão popular se é. Talvez um jeito de matar o tempo. Se era para ajudar profissionalmente, então ele, salvo exceções, é subutilizado.
Então, para quê as pessoas usam a janelinha?
A tal da correria, acontece, é a vida. Mas todo mundo arranja tempo para falar da tal “correria” no msn. Que atire a primeira pedra quem nunca participou da seguinte conversa ou pelo menos viu ou soube de alguém que participou:
Fulano de tal (com algum apelido suigeneris ou frase bombástica) diz:
Eaê?
Cicrano de tal diz:(idem ao anterior) diz
Blz?
Fulano de tal (com algum apelido suigeneris ou frase bombástica) diz:
cara, só correria
Cicrano de tal (idem ao anterior) diz:
aqui tbm, não dá tempo p mais nd
Fulano de tal (com algum apelido suigeneris ou frase bombástica) diz:
pode crer
Fulano de tal (com algum apelido suigeneris ou frase bombástica) diz:
cara, olha isso...
http//www.algumabobagem.com.br
O tal do MSN - lembrem-se, não vou inventar nenhum apelido para a feramenta - parece não ter mais função alguma. Alías, tem uma, gastar tempo. Sim, o tal tempo, que para alguns é dinheiro, que para outros se esvai como areia que escapa entre os dedos, não importando o quanto a tecnologia e a medicina estejam avançadas. Esse mesmo, o implacável senhor tempo. A tal da correria acontece, e em meio a ela o MSN é tratado como universo paralelo. Lá o tempo não corre, a gente só reclama da falta de tempo no mundo normal. Lá agente encontra tempo, para musiquinhas, videozinhos e piadinhas. Lá agente seleciona os afortunados que são agraciados com a possibilidade de ver nosso status on line, e nos chamar a qualquer momento. Lá, agente escolhe se estamos ou não, se queremos ou não, falar sobre como o mundo é corrido e como estamos cansados.
Naquela realidade alternativa , podemos brigar sem nos machucar, pelo menos fisicamente.. Lá temos o poder da palavra. Temos o poder de ignorar quem quer que seja, de sair no meio da conversa, de não responder.Podemos virtualmente dar às costas a quem quer que seja que esteja nos nossos contatos. Afinal, estamos em dois mundos ao mesmo tempo, e correndo em um deles, dependendo da hora, com nosso trabalho, nosso lazer, comendo, ou conversando com mais 15 pessoas ao mesmo tempo.
O meio tem seus anunciantes, é usado por muita gente, mas hoje já há os que repensam a ferramenta, sua utilidade e seu destino.
Na verdade, foi exatamente na janelinha hoje em questão, que esse texto nasceu, a partir de questionamentos de alguns interlocutores, principalmente de um que disse: “Escreve sobre isso!” Taí Júnior, no mínimo, o meio nos fez produzir algo em parceria. Por enquanto ele está valendo ainda. Penso que nesse dia não perdemos nosso tempo.
Você que está lendo responda aí: perdemos?
Idéia Original: Júnior Valler
Redação: Jean M.
Arte: Júnior Valler
Então, para quê as pessoas usam a janelinha?
A tal da correria, acontece, é a vida. Mas todo mundo arranja tempo para falar da tal “correria” no msn. Que atire a primeira pedra quem nunca participou da seguinte conversa ou pelo menos viu ou soube de alguém que participou:
Fulano de tal (com algum apelido suigeneris ou frase bombástica) diz:
Eaê?
Cicrano de tal diz:(idem ao anterior) diz
Blz?
Fulano de tal (com algum apelido suigeneris ou frase bombástica) diz:
cara, só correria
Cicrano de tal (idem ao anterior) diz:
aqui tbm, não dá tempo p mais nd
Fulano de tal (com algum apelido suigeneris ou frase bombástica) diz:
pode crer
Fulano de tal (com algum apelido suigeneris ou frase bombástica) diz:
cara, olha isso...
http//www.algumabobagem.com.br
O tal do MSN - lembrem-se, não vou inventar nenhum apelido para a feramenta - parece não ter mais função alguma. Alías, tem uma, gastar tempo. Sim, o tal tempo, que para alguns é dinheiro, que para outros se esvai como areia que escapa entre os dedos, não importando o quanto a tecnologia e a medicina estejam avançadas. Esse mesmo, o implacável senhor tempo. A tal da correria acontece, e em meio a ela o MSN é tratado como universo paralelo. Lá o tempo não corre, a gente só reclama da falta de tempo no mundo normal. Lá agente encontra tempo, para musiquinhas, videozinhos e piadinhas. Lá agente seleciona os afortunados que são agraciados com a possibilidade de ver nosso status on line, e nos chamar a qualquer momento. Lá, agente escolhe se estamos ou não, se queremos ou não, falar sobre como o mundo é corrido e como estamos cansados.
Naquela realidade alternativa , podemos brigar sem nos machucar, pelo menos fisicamente.. Lá temos o poder da palavra. Temos o poder de ignorar quem quer que seja, de sair no meio da conversa, de não responder.Podemos virtualmente dar às costas a quem quer que seja que esteja nos nossos contatos. Afinal, estamos em dois mundos ao mesmo tempo, e correndo em um deles, dependendo da hora, com nosso trabalho, nosso lazer, comendo, ou conversando com mais 15 pessoas ao mesmo tempo.
O meio tem seus anunciantes, é usado por muita gente, mas hoje já há os que repensam a ferramenta, sua utilidade e seu destino.
Na verdade, foi exatamente na janelinha hoje em questão, que esse texto nasceu, a partir de questionamentos de alguns interlocutores, principalmente de um que disse: “Escreve sobre isso!” Taí Júnior, no mínimo, o meio nos fez produzir algo em parceria. Por enquanto ele está valendo ainda. Penso que nesse dia não perdemos nosso tempo.
Você que está lendo responda aí: perdemos?
Idéia Original: Júnior Valler
Redação: Jean M.
Arte: Júnior Valler
Trilha sonora: Me perco nesse tempo (Ira!)
é isso ai jean, to passando rapidinho pq to meio sem tempo, mas vamo firmar essa parceria ai via msn pq ta uma correria doida aqui.
ResponderExcluirum abraço.
ah, cara, olha isso:
http://www.juniorvaller.com
Cartas, cartão postal e MSN são ferramentas tecnológicas que facilitam e complicam a nossa vida. Além de lucrativa, a tecnologia, parafraseando um jornalista, cujo nome esqueci, é uma das ferramentas utilizadas pelo homem na sua inalcançável busca de pensar velhas feridas da pobre condição humana!
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