UM DESENHO POR SEMANA

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Se eu fosse você... mulher!

4.544.328 de espectadores depois, Cyn e eu fomos assistir à continuação “Se eu fosse você 2”, para dar uma descontraída, das coisas que andamos fazendo. Mais uma vez não li crítica alguma antes de ir, meu modus operandi para assistir um filme. Ainda assim, antes de ver a obra do diretor Daniel Filho, tinha minha expectativa formada por quatro informações ou conceitos (ou “pré”, como queiram) que relato aqui:

1. É uma continuação – Por definição, raro exceções, são inferiores aos originais;
2. Comentários favoráveis e bilheteria – Pela empolgação de quem já havia assistido e do sucesso de público, criei uma baita expectativa. Ok, sei que quantidade geralmente não significa qualidade, mas em vista do tipo de filme, talvez fosse um bom indicador;
3. A lembrança do 1° - Não achei o original maravilhosamente engraçado. Está mais para uma sessão de tarde OK, com boa ressalva para a “mulher” Tony Ramos;
4. Alternativa – Aos favelamovies. Sim, toda vez que sai um filme brasileiro que não é nem cult e nem aparece um morador de comunidade com uma HK na mão, já fico contente;

Se você não viu o filme, fique tranquilo não vou contar nenhuma cena na íntegra e nem estragar o final. Mas da opinião, se continuar lendo você não escapa.

Filme para mulher. Desde o site do filme, identidade visual tudo é para elas. Os risos não são fartos, não dá câimbra no rosto. Algumas gags funcionam bem, mas o público alvo é o feminino.
Tony Ramos leva a mulherada ao delírio com os trejeitos femininos. Tudo o que é piada tem como direção sorriso das mulheres, a identificação com as cenas acontece durante todo o tempo da exibição. Pra nós homens, sobram a boa cena do banheiro e uma ou outra isolada. No final da sessão, uma olhada para o povo que saía e tava na cara, o público era maciçamente feminino, salpicado de um ou outro namorado acompanhante.
Recheado de clichês americanos(incluindo o fim), e sendo exageradamente ao contrário dos já citados favelamovies (todo mundo é rico no filme!) é um filme que tem como principal adjetivo o fato de ser descaradamente comercial. Sem falsos modismos, estilismos ou qualquer outro ”ismo”. É leve, com artistas globais por todos os lados e ponto - quer dizer, vírgula - e para mulher.

Mas até que valeu a pena, sem pretensões e sem pensar muito. Correria de teses de doutorado, novos negócios, mudanças de vida e trabalho, crises mundiais, às vezes devem ficar só na vida real. Deve ser por isso que as 4milhões e tantas pessoas ajudaram a bater os recordes de bilheteria brasileiros. Quanto a mim, foi tudo isso ou o fato de que eu tava com uma saudade danada de ir ao cinema.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Expresse-se aqui.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...