O país que foi um dos primeiros a abolir a escravidão, mas que permite a existência de grupos que professam claramente seu ódio por outras etnias, tudo em nome da liberdade.
Lá, o porte de armas é culturalmente aceitável, a final se você é livre, pode escolher ter uma arma, não importa o calibre.
Nesse país não há 318 partidos, se dividem em 2 basicamente. Certas vezes os ânimos se acirram, alguns se inflamam e as polaridades podem resultar em curto-circuito.
Lá há grande frequência de casos de franco-atiradores tirando a vida de civis pelas ruas.
Nesse país é comum (bem mais do que em outras nações do mesmo hemisfério) adolescentes, oprimidos e depressivos se voltarem contra sociedade e manifestarem seu descompasso através de tiros.
Uma nação que prolifera e vende sua cultura pelo mundo, e este os admira e consome seus produtos culturais com uma voracidade única.
Um país capitalista, localizado no ocidente, orgulhoso de sua democracia e da garantia de direitos civis a todos os cidadãos.
Um país que gasta a maior parte do seu orçamento com a indústria bélica.
Um país que bate no peito ao falar de liberdade e que aponta o dedo (e as armas) para toda a nação que a limita em seus respectivos territórios.
Ok, parece uma visão maniqueísta do país, e é. Só para colocar uma lente de aumento na nação que tem o poder de liderar o planeta em um rumo melhor (aliás o mundo todo colocou essa esperança em Obama, lembram-se das eleições norte-americanas?)
Todos nós amamos a cultura deles. Música, cinema, arte, literatura, religião, até esporte. Marketing, o jeito de vender as coisas, de promover e de ver a si mesmo, de orgulhar-se de que é. Amamos. Consumimos o seu luxo e o seu lixo. Até quem os odeia, mostra essa admiração - às vezes de uma forma doentia - enrustida.
Toda essa admiração esconde um país com muito ódio, com muita opressão sobre seus cidadãos, com muito preconceito sobre si mesmo e com um olhar arrogante sobre outras nações.
Vi em um filme de comédia deles a frase: “Ah esses, americanos! Tanta força e tão pouco discernimento do que fazer com ela” . Eu diria pouquíssimo. Dentro deles reside a eterna briga entre liberdade e auto-controle. Direitos civis versos respeito a todos. Patriotismo versus arrogância.
E no meio dessa esquizofrenia deles cito o louco do ditador Hugo Chávez que diz “Yankees, GO home!” . O cito para fazer diferente. Eu digo: “norte-americanos, We Love you. Please, take good care of your home”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Expresse-se aqui.