UM DESENHO POR SEMANA

terça-feira, 10 de abril de 2012

O sorriso de Deus


Sou meio aficionado pelo céu. E quando digo céu, não estou falando do que vai além, espaço sideral, galáxias, anos-luz, olhares curiosos e exploradores com telescópios etc. Estou falando do céu. 

De uns anos pra cá olho muito pra ele. Principalmente quando estou no carro, no banco do passageiro. Momentos de estrada me levam diretamente a ele. Azul, com nuvens, daquelas que parecem embarcações ao contrário, tão volumosas como se fossem toneladas e toneladas compactas flutuando.

É sério isso, eu não resisto. Muitas vezes fotografo com o telefone, compartilho, outras me censuro pra não encher os amigos das redes com mais uma foto de céu e nuvens.

Olho pro céu também à noite. Um dos mais perfeitos, românticos e quase clichês momentos que tive com minha amada esposa, foi num dia em que estávamos no meio de centenas de pessoas, passando pra lá e pra cá (já escrevi sobre isso aqui), nos cumprimentando, falando, falando, falando. Só nos dois percebemos a lua. E ela não era aquela, dos apaixonados, era um eclipse! Ninguém percebia, ninguém olhava. Nós até avisamos alguns, mas nada. Desistimos e ficamos nós dois no meio de todos que passavam, olhando para cima, para o céu.

Enquanto escrevo chegam a mim inúmeras ideias de como descrever esse fascínio pelo céu, mas me limitarei hoje a apenas mais uma. E ela começa com um belo comentário numa rede social perto de você.

Minha amiga Carol Ribeiro, escreveu sobre o céu que ela via diversas vezes no caminho do trabalho para casa. De repente, como acontece nos comentários de posts, a conversa seguiu e começamos a falar sobre ele.  

O céu que ela via estava nessa volta para casa, no anoitecer. O meu, nos caminhos de estrada que cortam minha cidade, geralmente antes do meio-dia. Mas existem outros céus: os noturnos, como o do eclipse da lua, os nublados que nos levam a aquela preguiça prazerosa, os noturnos que marcam chuva, como diziam os antigos, nos quais a lua está meio enevoada, e muitos outros.

Ela percebe o céu. É difícil fazer isso, porque ele está sempre lá, em cima da sua cabeça. E a gente geralmente não percebe as coisas que vê toda hora, que estão ali fáceis para nós. Como um entardecer no caminho que se faz todos os dias. Mas a Carol sempre percebe e aproveita:  

“...sabe a avenida que sai de Valinhos e entra em Campinas? Perto das antenas, à direita de quem vem, cara, cada dia é um céu mais lindo que o outro.. Aí eu lembro do que está escrito em Salmos 19:1 "Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos".(...) E é tão bom, porque se estou triste, eu me alegro, se estou alegre, transbordo, se estou preocupada, me acalmo, porque simplesmente aquele céu testemunha sobre o Deus que eu sirvo e que cuida de mim. Então, se um dia passando por ali por volta das 18h30 vocês encontrarem alguém cantando enquanto dirige na maior empolgação, provavelmente sou eu, rs..."     

Termino essa celebração celeste com minha resposta à Carol:     

“Meu sentimento é mais ou menos esse quando percebo o céu...No meio das coisas, do correr, das luzes, dos prédios, nos despercebemos do que é simples e pode nos alegrar todos os dias: a beleza de um céu encapelado de nuvens, ou um por do sol, ou ainda um céu estrelado. O riso brota nos meus lábios, acredito que como nos seus. E aí parecemos loucos . Pois realmente tudo isso que ele fez não faz sentido nessa cabecinha nossa. Basta o olhar e o sorrir, pois apesar da gente, tudo isso é um sorriso dEle pra nós”



4 comentários:

  1. Entrei literalmente no texto, é bom saber q tem pessoas q param p fazer o mesmo q eu... e me lembrei de uma história curiosa... trabalhei em um shopping durante exatos 2 anos infurnada dentro de uma loja todos os dias, qdo eu folgava aos domingos eu dormia no final da tarde... então eu fiquei muuuuuito tempo sem ver o por do sol e o anoitecer... qdo saí da loja e no meu primeiro dia de "folga" eu olhei p céu e pude apreciar sem pressa, me emocionei...

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    1. è Gi, às vezes a gente se priva das melhores coisas, por obrigação, às vezes por falta de lembrar do simples. Que bom que no seu caso era a primeira opção e já se livrou dela...

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  2. Lembrei-me, do poeta e também de quando declamávamos a "Canção do exílio" na escola:"Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorjeiam...nosso céu tem mais estrelas..."Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca farão grandes descobertas." AUGUSTO CURY

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  3. Olá!
    Tambem oho muito para o céu , seja durante o dia ou durante a noite.
    Gosto de comtemplar e respirar profundamente.Ato simples e metódico.

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