UM DESENHO POR SEMANA

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Wagner: o fã da Legião.

Desafinos e muitos sorrisos. É, ele não tava nem aí.

Imagina um dia a banda que você sempre amou te chamar pra fazer um show com ela. E você nem músico, múuuuusico, é. Toca um pouco, canta um pouco, até tem uma banda, mas seu fazer profissional é outro. De repente você se vê com os caras ao seu lado, tocando pra você cantar.

Um fã que se vê na posição de band leader de sua banda favorita.

Isso é Wagner Moura nos poucos vídeos que vi até agora. Aqui não vou julgar a qualidade da Legião Urbana, quem foi Renato Russo, e o que fazem Dado Villalobos e Marcelo Bonfá nos dias de hoje.


A coisa é que nas imagens em nenhum momento você vê Wagner Moura se apresentando com os 66% restantes da Legião. Não, Wagner Moura está ali como o personagem dele em O homem do futuro, sendo um moleque, curtindo um momento na frente de uma platéia, só que ao lado de ídolos dele.   Um karaokê de luxo.

A questão é que o ator é conhecido, aliás, hoje mais conhecido que os caras com quem está tocando (estou exagerando?). E fazer isso é escancarar a vidraça pra quem se atirem pedras.

Por isso, nem vou falar do outro lado, o que Dado e Bonfá ganham com isso e o óbvio lucro da MTV. Aí é pedra que não acaba mais. (Estou aqui com as minhas no bolso)


Gostaria de saber a idade de quem estava no show. Pra mim, Legião Urbana sempre foi uma banda pra adolescente, no bom sentido. As harmonias simples, as melodias messiânicas, o desafogo de tristezas e revoltas latentes e letras com misturas de citações de livros que ninguém leu com imagens alegremente depressivas como se deseja viver quando se tem 15 anos. Músicas que se cantam de olho fechado, como se fossem as maiores verdades do mundo. Não servem tanto quando se cresce, principalmente musicalmente, a não ser como lembrança de uma época.

É por isso que vejo Wagner Moura vivendo o sonho de quem está embaixo, na platéia, que não sabe se está lá por causa da Legião, de um ator famoso, da MTV, da junção dos três, ou apenas de um dia de rock simples.


Resumo do show: levadas perdidas do andamento pelo baterista, e incríveis desafinos e a baita curtição nervosa de um fã, que por seus méritos profissionais em outra área teve uma noite de vocalista de uma das bandas mais importantes desse país, gostemos você e eu ou não.  

Em mim causou sorrisos, isso basta. E pra você?

3 comentários:

  1. Assisti ao show como quem se diverte, ou distrai, vendo uma partida de futebol entre amigos.
    O capitão lembrou-me o M. Broderick cantando uma música dos Beatles no filme "Curtindo a Vida Adoidado".

    Joab Barros

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  2. Acho que ele Curtiu Adoidado mesmo, mas, na minha opinião, só ele.

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Expresse-se aqui.

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