UM DESENHO POR SEMANA

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O que os games significam pra mim

O vídeo abaixo causou em mim duas sensações e me fez resolver de uma vez por todas minha relação com os games. Sorri com o passado, admirei o presente e segui em frente.


Nunca tive uma relação tão próxima como a maioria de meus amigos, seja hoje, seja na infância. Sempre gostei de jogar, tive alguns, mas nunca curti tanto quanto os outros.

Quando criança e na pré-adolescência, gastei horas jogando sim, mas não ao custo de broncas por excesso. Hoje vejo que isso acontecia não por que eu fosse obediente, mas por não gostar tanto assim daquilo.

Vi amigos chorando, xingando e violentando o atari (tá, eu tenho mais de 30 anos) pois o videogame o estava “sacaneando” ao provocar batidas no Enduro.

Vi gente que esperava, pedia, importava (isso era complicado na época) o console mais moderno pra ter antes dos outros. Vários perderam provas, ficaram de recuperação “para dar final” no Super Mario, Sonic, Prince of Pérsia ou gastaram os tubos em fichas pra aprender todos os golpes de Street Fighter  no fliperama (se você tem menos de 25 anos talvez nem saiba o que é isso) perto do colégio.

Eu nunca fui assim. Nunca terminei um jogo primeiro, nunca fiquei ávido por um console novo. Quis, mas se meus pais achavam caro, nunca me esforçava para expressar um desejo maior pela aquisição.

Tive apenas dois games: atari e um turbo game (nintendinho genérico com abertura que permitia o uso de cartuchos no padrão americano ou japonês) ambos adquiridos pelo meu irmão mais velho. E foi só.

Toda a evolução Master System, megadrive, superNES, 64 e depois os XBOX , Wii e PSs da vida foi experimentada chupinzando os amigos e colegas.








Hoje tenho amigos de minha idade, casados, alguns com filhos, que continuam curtindo muito os novos jogos, compram, parcelam, colocam na conta do mês o gasto, esperam trailers (no passado eu não entendia alguém assistir trailer de jogo) e eu não consigo gastar dinheiro com isso. Questão de prioridades? Sim, também. Mas tem o gosto, como e se aquilo importa pra você.

Do alto dos meus 34 anos, vejo os games hoje como mais do que uma indústria de entretenimento eletrônico. Eles já tem história, já fazem parte da nossa cultura e dizem muito sobre a evolução de costumes e principalmente da tecnologia dos últimos 35 anos.

Os temas dos jogos, a relação de algumas invenções com a cibernética, sua importância até mesmo em tratamentos de saúde, no desenvolvimento da indústria, a infuência na forma como utilizamos serviços bancários, nos relacionamos on line, somos impactados por uma comunicação, o que vestimos ou mesmo como nossa mente antigamente offline passou a ser perpetuamente online. Os jogos são parte importante do mundo que vivemos hoje, não dá pra fugir.

E é essa a relação que tenho com eles. Fico feliz de ter participado do seu desenvolvimento, de quando viraram indústria, de ter visto e jogado ícones como Pac Man, Donkey Kong, Mario, Double Dragon, Doom, Duke Nukem e Mortal Kombat (pra citar poucos)que hoje alimentam milhares de paródias, memes, músicas e novos produtos.
Fico feliz de entender como as coisas começaram e ver pra onde estão indo. Vez enquando assisto trailers, leio as notícias sobre o mercado e outras experimento uma partidinha de um jogo novo (tomo um coro) quando estou na casa de amigos. Penso na razão do fascínio daquilo, na história do game, no desenvolvimento, no mercado e aprendo. E aquilo é o suficiente pra mim.

Mas é claro que pra relaxar, às vezes jogo um Song Pop[zinho], ou ouço o tema do Super Mario em bluegrass, afinal, ninguém é de ferro.


E pra você, o que ele significam?

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