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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O sucesso e valor da Mídia Retrô

Milhares de posters,  produtos, roupas com aquelas mídias do passado. Nos últimos anos isso virou moda. Como tendência às vezes as pessoas nem sabem a razão de estarem consumindo isso. Muito deve vir do saudosismo, de uma lembrança afetiva que um LP, uma fita K7 ou uma foto desgastada pelo tempo traz.

Esse video fala da experiência artística de 4 pessoas com essas mídias nos dias de hoje, a razão de serem relevantes e, além do óbvio, o que as diferencia das demais.



Vi aqui

Nos depoimentos, vi nesses formatos retrô, dois atributos que são eliminados nas mídias digitais:


Um quê de ritual 
Em todas elas gasta-se tempo para o uso. Uma série de processos acontecem para finalmente aproveitar do conteúdo. Ouvir em um LP é, então, como aproveitar de uma refeição do início ao fim. Preparar cuidadosamente a mesa, colocar pratos e talheres, a comida e finalmente sentar-se pra saborear o alimento. 


O MP3 é direto, é clicar, baixar, e apertar o play, movendo 2 cm o dedo no mouse ou no smartphone. É pague e coma (estou tentando não falar fast food, deu pra perceber?)

Estamos naquela época do imediatismo da informação e correr mais parece impossível. As pessoas estão voltando às experiências rituais, o gasto de tempo pra respirar e aproveitar, até mesmo no ato de ouvir um álbum do início ao fim. 


O imprevisível
A não ser que você não tenha um antivírus, seus arquivos digitais não se danificam. Aquilo que você baixou (legalmente, é claro) será sempre o mesmo. Isso não acontece com as mídias retrô. O desgaste do VHS, do Super 8, da fotografia analógica, causa o conhecido “defeito que é efeito”. O Instagram está aí que não nos deixa mentir, com sua série de filtros que embelezam, “estragando as fotos”. Precisamos desses filtros pra resgatar os efeitos do tempo, da química, do erro, pois nossos arquivos perenes de hoje em dia, deixaram o mundo chato.
  

Esse imprevisível torna único o mesmo disco, a mesma paisagem fotografada. Isso atrai quem quer autenticidade, dentro de um mundo que desde sempre tenta massificar, tornar tudo igual.

Ignorando a questão da arte das capas e o próprio design das máquinas, vitrolas etc, o retrô tem sempre os dois lados: um gostinho de um passado idealizado e uma reflexão sobre o que vemos e como estamos hoje.
Bom pra curtir, lembrar, viver e pensar.

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