Segura a língua, JM,
segura o verbo, deixa o teclado,
senão os, relativisadores de tudo, censores do conteúdo,
vão dar uma de livres, contra Deus e contra tudo
mas sendo protetores do direito de ir e vir
De falar, de dizer, de sorrir.
Segura a língua, Emicida, não seja suicida
Porque até quem foi respeitado, se falar o que eles acham
errado
Pode ser atacado, julgado e condenado, pela própria retórica
que eles abominam..
Uma meia-verdade que eles disseminam,
que o mundo é chato e tudo deveria ser permitido,
menos assim, o que “eu não acho divertido”
Segura língua, você que pensa diferente,
Que não é igual à diferença dessa gente
Que se diz libertária e na verdade quer viver sem represália
Represando o que não é do gosto do grupo
Que não assimila o apupo
quando erra na melodia.
Segura língua, quem fala
Assovia o refrão, deixa tudo sem palavra
Por que liberdade é coisa ignorada até por quem é exaltada.
Segure o teu direito de escolha, viva assim meio na encolha
Como se estivesse na ditadura,
em casa, seguro, numa normalidade impura.
Segura a língua, mundo, porque liberdade a fundo
a gente não sabe o que é.
Confunde o ser contra a repressão com falta de educação
E o ser livre vai pro lixo por besteira,
é erguida uma bandeira pra reclamar da proibição
Está feito o rebuliço, nos prestamos a esse serviço
por causa de uma trepadeira.
Sem comentários por hoje
ResponderExcluirMe reservo o direito de não comentar
Porque nada, por complexo que fosse
Equipararia ao homenagear
Um cara que escreve 'Apupo" com desenvoltura
Palavra que já conhecia de outrora
Mas jurava que ninguém a usaria com lisura
Não só usou como mostrou que, agora
É assim que a imaginação deve voar.
voemos!
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