UM DESENHO POR SEMANA

terça-feira, 10 de junho de 2014

Salvo pela Sandra Bullock.





Esse é mais um daqueles posts com um título que tem a ver com o texto, mas cujo texto tem menos a ver com o título do que se poderia imaginar. Calma.

Em minha, quem sabe nossa, saga em busca da sanidade em meio à confusão pós-moderna tupiniquim, tenho evitado as polêmicas. Não, amigos, não parei de ler o noticiário ou me informar em diferentes meios e veículos, independente de sua isenção ou amor declarado a uma ideologia, problemas de uma classe social, partido político, vertente religiosa ou time de futebol. Tenho tentado unicamente desviar-me de vãs conversações que não movem moinhos e só causam dor. Confesso, no entanto, que semana passada caí em tentação no afã de dar uma opinião dissonante (não tenho orgulho dessa dissonância, apenas o fato é de que naquele contexto distoava da opinião da maioria). Esqueci-me de meu posicionamento pró-sanidade mental e cai na armadilha da minha indignação de facebook.
No fim de semana agitado de preparações pré-natais, idas ao centro da cidade, shoppings, feiras. brechós de gestante e casa das avós, perdi meu tempo com isso.  
Enxerguei o deslize (e sofri por causa dele) depois da tréplica em resposta a uma viagem na maionese sem precedentes. Percebi que o errado ali era eu, por entrar na arena com a intenção de não pegar em armas, mas flertando com elas, me juntando a quem gosta da luta pela luta e não pela solução, fazendo assim parte da ira maniqueísta e inócua. Me senti bobo. Quer mais incoerência que isso? Não se combate fogo com fogo.


Tá, mas e a Sandra?
Com tantas coisa pra pensar e fazer, fiquei com o erro na cabeça (é, eu sei) até o domingo à noite. Minha esposa começava a ver Miss Simpatia, o filme que definitivamente levava a Sra. Bullock ao estrelato. Na leveza de uma comédia Hollywoodiana de 14 anos atrás terminei meu dia, ainda com a cizânia em minha mente. Cama, cabeça no travesseiro, escuro, olhos fechados e...POLÊMICA! Sim, pensei na copa, na Dilma, no Aécio, na Marina, no Eduardo, no senado, na câmara, na lei da palmada, nos evangélicos, na copa, nos estrangeiros, nos erros, nos acertos, meus e dos outros, dos brasileiros, dos estrangeiros, nos pobres, nos ricos, nos médios, nos oligopólios, no capitalismo, no socialismo, na segunda-feira, na necessidade de dormir, dormir, dormir.
“Mas e a discussão, como fui cair naquilo, preciso dormir, preciso pensar em outra coisa que não tenha nada a ver com nada...qual foi a última coisa que eu vi…Sandra Bullock. Qual foi o primeiro filme que eu vi dela? Aliás, quantos filmes eu vi? Vamos lá: Velocidade máxima 1 e 2, nossa, o segundo é aquele com o Carlinhos Brown cantando, é muito ruim. Judge Dredd, com o negócio das três conchas, Tacobell e etc, aí teve Casa no Lago, os dois Miss Simpatia,  Enquanto você dormia, outra comédia romântica com o Ben Afleck que ela era maluquinha, o filme que ela ganhou o Oscar (bocejo) como é o nome mesmo? Deixa pra lá...ah, e é claro, Gravidade...(bocejo) deixa eu ver se tá faltando alg....”


Acordei na manhã da segundona com a certeza de que vi filmes demais dela. Bom, pelo menos dessa vez eles me serviram de alguma coisa. Valeu,  Sandra.





2 comentários:

  1. O sono te traiu: o filme das três conchas não é o Judge Dredd, é o Demolidor, com o Stallone e o Snipes. =D

    Mas o teu texto foi excelente, como de costume. =)

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    Respostas
    1. Uau, Nego Lopito! Exatamente confundi dois filmes do Stallone! Valeu pela lembrança, o elogio e a presença de sempre.

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