Quando escutei "Ainda não é o último" o mais recente (já que ainda não é o último) Álbum do Resgate, não amei de imediato. A banda é uma das minhas preferidas, considero Zé Bruno um dos maiores letristas da música Gospel, cristã, crente, evangélica - ou qualquer outro rótulo que voce queira dar - e por isso, sempre tenho expectativas absurdas quando sai um novo disco.
Sei, no entanto, que quase todo CD deve ser ouvido três ou quatro vezes para você "pegar" a essência da obra do autor. E fui pegando com o tempo.
Depois de tantos anos a banda consegue surpreender, se reinventar. Tocam o bom e velho rock'n roll, com letras sobre aquilo em que acreditam. Dessa forma se diferem do restante. São músicas autorais, de banda, não são em formato de "adoração" como todos fazem hoje (nenhum problema com isso), e não carregam os clichês e modismos que sempre permeiam o mercado (URGH!) da música gospel, crente etc, já sabem.
Fogem dos temas e lugares comuns "proféticos", "ungidos" e "revelados". Fazem música sobre o que acreditam e da melhor qualidade, diga-se de passagem. Falam do Deus que professam, para crentes e não-crentes, sem serem excludentes, ou se fecharem em sua tribo.
E mais, pemitem-se ser divertidos.
Como em umas das pérolas do álbum, a canção Jack, Joe and Nancy (The books on the table), onde os caras brincam com um inglês embromation, influências sonoras folk e claras referências aos Beatles (não declaradas). A forma de cantar tem tudo a ver com a vida do personagem relatado na música.
No clip os caras fizeram os ingleses cantarem em bom embromation.
Curta abaixo.
Se você gosta de boas letras, que realmente soam diferentes, Ainda não é o último é uma ótima pedida.
Resgate é muito bom!
ResponderExcluirE agora eles estão com o Selo Gospel da Sony por trás.
Essa música é fera... Ouvimos juntos, lembra?
ResponderExcluirMuito bom... Parabéns pelo post.