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quinta-feira, 2 de junho de 2011

A crítica, o artista e o fã - Parte 1

A crítica raramente é isenta, ou técnica. Quase ninguém faz crítica unicamente a partir de critérios lógicos e objetivos, porém usa a objetividade e lógica como desculpa para justificar suas considerações.
É assim também com quem recebe a crítica, e principalmente com quem gosta de quem recebe a crítica. A análise também não é isenta, se é que tem análise.

E isso acontece bastante com as artes, principalmente as mais populares, cinema e música.
Assim, nesse e no próximo post iremos fazer um guia básico para críticos, criticados e fãs serem, como posso dizer dizer, do jeito que são.

Comecemos com os críticos. Se você quer ser um crítico pelo menos mediano, preste atenção às cinco regras de ouro da crítica de música e cinema.



1. Retroceder nunca, render-se jamais
Preste atenção quando ler uma crítica: um crítico dificilmente elogia um artista já resenhado negativamente por ele. Não importa se o artista em questão, mude, estude, melhore. Já era.








2. Militância - confunda seu gosto com o objeto de sua crítica
Esse é um quesito muito importante. Se você gosta de preto, odeie branco, não importa se ele às vezes até te atrai um pouquinho. Fazendo uma analogia com a política, seria como se você fosse petista e tivesse que falar do PSDB ou vice e versa.  





3. Escolha elogiar sempre o lado negro da força
Quem é o personagem iconoclástico, Luke ou o pai dele? Os críticos geralmente idolatram todo mundo que corta os pulsos, morre de overdose, de acidente de carro por causa de excessos ou faz os outros quererem se matar com as tristezas e mazelas do amor e do mundo. Para estes, a alegria, se for muito necessária mesmo, tem que ser melancólica, assim meio em tom de sépia.

Assim, se houver uma felicidade ensolarada demais, é lixo, não tem conteúdo, avacalhe com a obra. Afinal, como a alegria pode inspirar alguém a fazer alguma coisa? Alegria só atrapalha...

Filme de comédia? Tem que ter muita ironia, frases difíceis, roteiro intricado. Ou seja, nunca, nunca elogie um filme de Adam Sandler.


4. Gente que faz sucesso meteórico.
Gente que faz muito sucesso, certamente é um produto maquiado pela mídia, pelas gravadoras, Hollywood, CIA, os Illuminati, ou coisa que o valha. Se você quer ser crítico nunca, eu disse nunca, fale bem de alguém que fez sucesso muito rápido. Se for meteórica só pode ser carreira tipo Luan Santana. Esse quesito serve para anular o anterior. Se alguém é meio depressivo mas faz sucesso muito rápido, provavelmente não presta também.




5. As citações mais originais do mundo.
Para referendar suas afirmações, de vez enquando cite bandas, filmes, trechos, frases tão, mas tão desconhecidas, que façam com que o seu leitor ache que só ele não conhece e passe a se sentir a pessoa mais inculta e desconectada do mundo. Essa ação te leva a um segundo passo, a tentativa de ser um crítico reconhecido.


Enfim amigos, espero ter ajudado àqueles que querem seguir uma carreira de crítico amador ou profissional. Coragem, que se dane a isenção, o seu gosto é o que vale!

Semana que vem tem a parte 2 para os criticados. (clique aqui

Um comentário:

  1. Bom, seguindo a dica número 1. Retroceder nunca, render-se jamais... mas falando bem
    Eu sempre elogio seus textos, e não seria hj q eu mudaria de opinião, não é? rsss
    Uhauhauha adorei, diferente...

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