Esse é um daqueles textos sem ideia. Tá, ele tem uma ideia, mas não é uma tese, é só um desafogo, sem sentimentos ruins, sobre o exato momento que se vive. Alguns chamariam isso de crônica, outros mandariam eu calar minha boca e contar logo a história, assim, prossigamos.
O amor de um pai pelo filho que ainda não nasceu é diferente do amor da mãe, isso todo mundo sabe, estamos combinados. Eu me emociono mais quando penso no que devo ser pra ele, do que no que ele é pra mim, embora ache que em certa medida uma coisa depende da outra. Só que o que ele tem feito pra mim já é incrível. Pra quem me conhece ou me visita com alguma frequência por aqui, sabe que eu vivo de criar. Não estou falando da minha profissão, mas daquilo que me faz querer mais. Escrever, rabiscar, compor. E na correria da vida que oprime o tempo da criação, a gente inventa um blog, pra escrever se tornar obrigação. A gente inventa #umdesenhoporsemana pra não esquecer que a mão precisa dar vazão a nossas paixões, transformando-as em formas. Só assim enquanto o caótico reina, só assim.
Mas aí ele foi gerado. Escrevi uma canção com a mãe dele, minha amada, fiz um video, subi por aí. Aí escrevi um texto. Aí escrevi outro. Aí desenhei um convite de chá. Aí decidi desenhar no quarto dele, que em tese é provisório. Aí ele começou a mexer, aí as coisas começaram a se acumular, aí a cada chute dentro do útero, cada soco, cada contato que eu sinto, cada empurrada que ele dá na barriga, empurra a mim. Aí escrevi outra música, aí quis fazer um clipe, aí, aí, aí.
Criar é isso, o novo que quer sair, a partícula divina, o haja luz, o big bang que faz explodir no caos organizado da vida.
É, ele empurra a prática da minha teoria.
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