UM DESENHO POR SEMANA

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ilustres e desconhecidos



Eu penso diferente de você. E também penso igual, da mesma forma.
Não é contraditório ainda que pareça. Eu penso como você no que é comum a nós, em muitas coisas que queremos. E penso diferente na forma de fazer. Quando penso de outra forma não diminuo quem você é ou a importância que tem pra mim. Isso porque confronto o teu discurso com a prática. Se está coerente com o que você diz, se reflete o que você sente por mim, pelos meus, pelos outros, tudo bem. Eu escolho diferente de você, porque somos pessoas diferentes, porque apesar de termos nossos laços no nível que são, temos histórias diferentes. Diferente e igual, que coisa barroca, que coisa adolescente. Vivi outras coisas, vi outro mundo, senti aquilo que não chegou perto de você, e não experimentei o que está gravado na sua memória. Dessa forma, eu não posso te diminuir, pois, apesar de te conhecer, não sei quem você é no todo. E tem mais: por que eu faria isso? Eu gosto de você. E você também não me quer mal, por isso não tomo como ofensa o que você diz sobre o que eu penso. O que me entristece, no entanto, é você não me dar o crédito de ser a pessoa que você conhece, por causa daquilo em que acredito e expresso. Eu sei que você aprecia estar comigo, quer dizer, eu acho. Talvez você não goste. Eu sei que você está ligado a mim em algum nível, por algum motivo, e sente por algo bom. Tá, eu não sei disso. Pois, se soubesse não estaria dizendo isso. Talvez eu apenas esteja exercendo a esperança de que seja verdade. Que existe uma importância e que no final somos o que somos e que você não me ofende por que quer. De repente você está sendo movido por uma onda ou por como sua vida está. Talvez todas estas dúvidas só mostrem como eu deveria me importar mais com você, suas dores e alegrias, além da imagem que todo mundo vê. Talvez. Me perdoe se fico no nível raso. Mas, você sabe, a gente gosta de um pouco de privacidade certas vezes, imagino que você também. Caramba, estou me perdendo.
A verdade é que se você me conhecesse mesmo não diria tudo o que diz sobre o que eu penso. Você diria “nossa, penso diferente, assim, assado...não que eu vá concordar, mas me diga mais sobre como você vê isso.”
Talvez, assim você se acalmasse, não me odiasse por tabela, ou percebesse que o ódio que tem é só uma descarga de energia, um desafogo por tudo de ruim que o mundo, e não esse ou aquele pensamento, nos apresenta. É por isso que estou falando com você. Porque você merece o descanso, merece não enlouquecer, merece desabafar e ser feliz. E quando se sentir oprimido pela vida nas situações mais corriqueiras ou naquelas mais graves, eu devo estar aqui. A qualquer hora.
Afinal, sou ou não seu amigo? Ou sou apenas um quadradinho que pula na sua timeline? (se é que você não desabilitou o meu feed).
Perdão por postar público. Qualquer coisa me chama in box.

   

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