Ou tinha.Tinnha a minha vontade de escrever. Percebi que precisa fazer algo. Talvez devesse ter pego meu violão pra me expressar o que eu sinto, mas não sei o que é, e ai não seria preciso um discurso querente, seria apenas tocar. Mas como sou um instrumentistas pífio - aliás nem instrumentista eu sou - meus dedos iam travar e a expressão ia ficar assim, pela metade.
Talvez o formato ideal fosse a pintura. Nela, há a possibilidade de sair rabiscando, sem pensar, indo do abstrato ao figurativo ou ainda apenas pelo impulso das cores, pelo clima, pelo estado de espirito que você se encontra. Nela não há barreiras. Mas não, decidi escrever, mesmo sem ter nada a dizer.
Nada, nadinha mesmo.
Já escrevi aqui sobre o Branco que se dá na hora que focada e disciplinadamente você vai escrever. Quando há a necessidade do post, da entrega do texto, a obrigação da atualização. Você está lá e cadê que a ideia vem? Não é o caso aqui. Não havia obrigação, a não ser talvez da minha alma, pelo jeito meio inquieta pelas coisas da vida, ainda que grata a Deus pelos presentes e bálsamos que ela mesmo me dá.
Certa vez vi um crítico literário falando que o grande mal dos escritores que estavam sendo descobertos era a insistência em escrever sobre o fazer literário em seus livros. Gastava-se muito tempo com metalinguagem. Não posso dizer que eu discordo, mas agora eu sei a razão disso tudo: o escritor precisava escrever. Ainda que que ele não tivesse em suas mãos qualquer tese para defender em seu texto. Ainda que ele não tivesse em sua cabeça uma inventiva história para um conto, ou um acontecimento pueril mais pitoresco para transformar em conto.
Ainda assim, há quem precise escrever mesmo sem assunto, sem nada relevante pra dizer. Porém com tamanha liberdade que apenas escreva o que lhe vier à cabeça.
Sono. É o que me veio à cabeça agora.
Vou dormir. Tchau.
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