Há pouco mais de uma semana o Ruivo fez 365 dias de vida extrauterina.
Como bem disse um casal de amigos que estão um ano a nossa frente, os parabéns dever ser dados aos pais. A festa, quando se faz, é pra eles celebrarem e para os amigos e familiares verem o bebê lindo e forte em seus braços. A realização de um projeto que acontece em dores físicas e mentais desde antes do parto.
Epa, que deprê! Não, não é. É o processo de toda grande vitória, de todo grande projeto e do maior deles que é ter um filho. É assim com o primeiro ano e todos os seus outros primeiros (cólica, dente, saída, banho, resfriado, tombo etc). É assim com a primeira festa também. Principalmente quando é uma Festa de 1 ano DIY (Do It Yourself - ou faça você mesmo em bom português). Uma festa que você mesmo inventa de fazer quando não é assim um festeiro contumaz.
Quando vai fazer uma festa dessas, você se lembra daquelas nas quais já foi, as que viu na web, mistura com seus gostos, com seu orçamento e voi la! Se mata, cansa, erra, revê o custo, vai montar, cansa ainda mais, fica à base de Dorflex, mas no final olha tudo acontecendo, bonito ou até melhor do que imaginou e solta um belo sorriso no rosto.
O primeiro ano do primeiro filho para os pais é a mesma coisa. Você tem milhares de referências, próximas ou distantes. Foi visitar bebês na casa de amigos, ouviu os seus lamentos, (ou não ouviu, já que alguns não tem coragem de se mostrar frágeis) e guardou na memória. Assistiu a filmes, leu livros, foi a cursos, lembrou dos seus pais, ouvi opiniões de tudo o que é lado, misturou tudo ao seu modo de ver a vida, aos seus conceitos, suas crenças e na hora que o filho nasce tudo é parecido, mas diferente, por uma só razão: você e seu cônjuge são as pessoas que estão realizando tudo.
Quanto mais a festa do Pedro se aproximava, mais percebíamos, o quão difícil seria. Embora o conceito da festa, o tema, a organização, os convidados (os textos também, claro) fossem todos nossos, víamos que não conseguiríamos fazer tudo sozinhos. Tudo era nossa responsabilidade, mas pedir ajuda não faz mal a ninguém.
Com o Pedro foi exatamente o mesmo. Temos nosso jeito de encarar o mundo e isso afeta a percepção do que se deve ou não fazer. Como tudo na vida, fazemos escolhas e colhemos as consequências boas e ruins delas. Na caminhada, apesar de sabermos hoje que, sim, no fim somos só nós três, contamos com ajudas que nos socorreram em diversas fases do processo de paternidade fresca. Alguns amigos, alguns familiares, um pastor.
Assim, como enxergar nos detalhes da decoração na foto de uma festa e ver que tudo estava como você imaginou, chegar ao trezentésimo sexagésimo quinto dia com um belo moleque no colo faz tudo valer a pena. E a gente olha pra trás e diz “Conseguimos!” Sim, amigo, é importante dizer (se você é pai ou mãe recente sabe do que estou falando). Com todas as incertezas da tarefa mais importante existente no mundo, você foi lá e fez. É como seguir as etapas de um trabalho e ali no meio achar o seu jeito, sua forma de fazer e criar algo novo, inédito, com a sua cara.
Esse é o sentimento: o maior DIY das nossas vidas chama-se Pedro, e há uma semana que ele tem 1 ano.
Um ano que culminou numa festa, com suor, ajudas e carinhos no processo contínuo de vida, que nem sempre é uma celebração, mas é um faça você mesmo que costumeiramente chega ao parabéns.
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