Sou meio
aficionado pelo céu. E quando digo céu, não estou falando do que vai além,
espaço sideral, galáxias, anos-luz, olhares curiosos e exploradores com
telescópios etc. Estou falando do céu.
De uns
anos pra cá olho muito pra ele. Principalmente quando estou no carro, no banco
do passageiro. Momentos de estrada me levam diretamente a ele. Azul, com
nuvens, daquelas que parecem embarcações ao contrário, tão volumosas como se fossem toneladas e toneladas compactas flutuando.
É sério isso,
eu não resisto. Muitas vezes fotografo com o telefone, compartilho, outras me
censuro pra não encher os amigos das redes com mais uma foto de céu e nuvens.
Olho pro
céu também à noite. Um dos mais perfeitos, românticos e quase clichês momentos
que tive com minha amada esposa, foi num dia em que estávamos no meio de centenas de
pessoas, passando pra lá e pra cá (já escrevi sobre isso aqui), nos cumprimentando, falando, falando,
falando. Só nos dois percebemos a lua. E ela não era aquela, dos apaixonados,
era um eclipse! Ninguém percebia, ninguém olhava. Nós até avisamos alguns, mas
nada. Desistimos e ficamos nós dois no meio de todos que passavam, olhando para
cima, para o céu.
Enquanto
escrevo chegam a mim inúmeras ideias de como descrever esse fascínio pelo céu,
mas me limitarei hoje a apenas mais uma. E ela começa com um belo comentário
numa rede social perto de você.
Minha amiga Carol Ribeiro, escreveu sobre o céu que ela via diversas vezes no caminho do trabalho para casa. De repente, como acontece nos comentários de posts, a conversa seguiu e começamos a falar sobre ele.
Minha amiga Carol Ribeiro, escreveu sobre o céu que ela via diversas vezes no caminho do trabalho para casa. De repente, como acontece nos comentários de posts, a conversa seguiu e começamos a falar sobre ele.
O céu que
ela via estava nessa volta para casa, no anoitecer. O meu, nos caminhos de
estrada que cortam minha cidade, geralmente antes do meio-dia. Mas existem
outros céus: os noturnos, como o do eclipse da lua, os nublados que nos levam a
aquela preguiça prazerosa, os noturnos que marcam chuva, como diziam os
antigos, nos quais a lua está meio enevoada, e muitos outros.
Ela
percebe o céu. É difícil fazer isso, porque ele está sempre lá, em cima da
sua cabeça. E a gente geralmente não percebe as coisas que vê toda hora, que
estão ali fáceis para nós. Como um entardecer no caminho que se faz todos os
dias. Mas a Carol sempre percebe e aproveita:
“...sabe a avenida que sai de Valinhos e entra em Campinas?
Perto das antenas, à direita de quem vem, cara, cada dia é um céu mais lindo
que o outro.. Aí eu lembro do que está escrito em Salmos 19:1 "Os céus
declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos".(...)
E é tão bom, porque se estou triste, eu me alegro, se estou alegre,
transbordo, se estou preocupada, me acalmo, porque simplesmente aquele céu
testemunha sobre o Deus que eu sirvo e que cuida de mim. Então, se um dia
passando por ali por volta das 18h30 vocês encontrarem alguém cantando enquanto
dirige na maior empolgação, provavelmente sou eu, rs..."
Termino
essa celebração celeste com minha resposta à Carol:
“Meu sentimento é mais ou menos
esse quando percebo o céu...No meio das coisas, do correr, das luzes, dos prédios,
nos despercebemos do que é simples e pode nos alegrar todos os dias: a beleza
de um céu encapelado de nuvens, ou um por do sol, ou ainda um céu estrelado. O
riso brota nos meus lábios, acredito que como nos seus. E aí parecemos loucos .
Pois realmente tudo isso que ele fez não faz sentido nessa cabecinha nossa. Basta
o olhar e o sorrir, pois apesar da gente, tudo isso é um sorriso dEle pra nós”
Entrei literalmente no texto, é bom saber q tem pessoas q param p fazer o mesmo q eu... e me lembrei de uma história curiosa... trabalhei em um shopping durante exatos 2 anos infurnada dentro de uma loja todos os dias, qdo eu folgava aos domingos eu dormia no final da tarde... então eu fiquei muuuuuito tempo sem ver o por do sol e o anoitecer... qdo saí da loja e no meu primeiro dia de "folga" eu olhei p céu e pude apreciar sem pressa, me emocionei...
ResponderExcluirè Gi, às vezes a gente se priva das melhores coisas, por obrigação, às vezes por falta de lembrar do simples. Que bom que no seu caso era a primeira opção e já se livrou dela...
ExcluirLembrei-me, do poeta e também de quando declamávamos a "Canção do exílio" na escola:"Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorjeiam...nosso céu tem mais estrelas..."Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca farão grandes descobertas." AUGUSTO CURY
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirTambem oho muito para o céu , seja durante o dia ou durante a noite.
Gosto de comtemplar e respirar profundamente.Ato simples e metódico.