![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyluopNgTNOhQIHJZBMAhYAgzI44i2-YDKRXKWocM2alntOvX_TmhyphenhyphenPJbN4YZNkXn7YsyR9qV-2Ii4PGSlxgUIjACavrN1B0RUN8yJjLBuUKErhxDu0kxOj3e8m1uS13EudxHm-bbvHgas/s400/Once+filme.jpg)
Eu gosto tanto desse filme que dá até vergonha de fazer um post sobre ele por aqui.
Há tempos estou me contendo para postar aqui sobre o filme Once,
2006. Talvez por gostar muito dele e não querer estragar essa relação com
teorias, defeitos e qualidades e apenas curti-lo como algo meu. Afinal, pra
mim, “gostar” e julgar “bom”, são coisas totalmente distintas (veja aqui) que podem ou não
estar juntas em uma obra.
E o que me fez finalmente escrever, depois de resistir uns 3
anos, foi o fato desse filme independente, com baixíssimo orçamento, extremamente
melancólico, mas lírico, Além de ganhar diversos prêmios agora dar origem ao musical que ganhou o Tony, o Oscar do
teatro, em 2012. Vi em um site “once ganha o Tony” e pensei “será que tem a ver
com o filme?” E tinha mesmo.
Vamos ao enredo
O personagem de Glen Hansard (líder da banda irlandesa The Frames) é
um músico de rua que toca nos horários em que não está ajudando o pai a
consertar aspiradores de pó. E o cara canta a plenos pulmões como se estivesse
em um estádio lotado, misturado com todo
o sentimento de quando se está sozinho em seu quarto compondo.
Essa atitude atrai a atenção da personagem de Marketa
Irglova, uma imigrante tcheca, também musicista mas que ganha a vida vendendo flores, que passa a admirar e desafiar o fazer artístico
do rapaz. A relação entre os dois, seus dramas pessoais e a música permeiam
todo o filme.
Once é uma história sobre duetos, música, amor, escolhas,
imperfeição, talento, vontade de fazer acontecer, tudo em tons
cinza-verde-azulados irlandeses.
Deixarei claro novamente: gosto muito do filme. Talvez pela
identificação com o instrumento tocado de forma simples, mas profunda, que é o
que aprecio no fazer musical e coloco em minhas investidas de composição no meu
cantinho, com o meu violão. Ou talvez seja pela trama não convencional
Pra quem escreve ou compõe o filme tem essa atração a mais.
A música no enredo às vezes é pano de fundo, em outros momentos é personagem
principal, motivo, fonte de expressão e união entre pessoas. O processo criativo está ali, indo do jeito mais
sofrido ao mais prazeroso, na levada dos dramas e sobre eles.
Quem apenas aprecia boas canções e estórias, também é alcançado
por Once. A partir do sentimento, relações entre pessoas em níveis que às vezes
não prestamos a devida atenção no dia a dia, vão acontecendo e tratando sobre o que achamos
que é ou pode ser o amor.
É, eu gosto desse filme.
Quanto ao musical, vi um pedaço (aqui) e achei o filme muito
melhor, é claro.
Curiosidades
Once ganhou em 2008 o Independent Spirit Award de melhor filme
estrangeiro, o Prêmio do Público no Sundance
Film Festival e a canção de
Hansard e Irglová "Falling Slowly" (essa que é tocada no video acima) venceu o Oscar de melhor canção original e foi indicada ao Grammy de 2008.
De todas as canções do filme, apenas uma não foi composta por Hansard ou
Irglova.
O filme custou apenas U$ 180.000.
Depois do sucesso do filme a dupla fez diversos show juntos
e montaram a banda, dupla, projeto, ou como queiram, The Swell Season
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Expresse-se aqui.